sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sem Título

O branco que irradiava os meus olhos, me revelava a ausência da inspiração, da tristeza, da alegria, de sonhos e fantasias essas eram quem davam voz de comando aos neurônios promovendo movimentos nas mãos trêmulas que dosava a medida exata das palavras, embriagando-me num vinho finíssimo com sabor de sentimentos envelhecidos na adega dos meus pensamentos alienados, fora da razão do que se diz realidade, fora de alcance do óbvio e do tangível.
(...)

domingo, 5 de dezembro de 2010

Seu Malogro

Sabe aqueles momentos em que você se sente um verdadeiro derrotado?! Como é difícil se reerguer, as pessoas nem te olham mais de tão baixa que está sua autoestima, és imperceptível, até seus amigos cuidando dos seus próprios negócios se vão, pois é, aqueles mesmos que te juraram ser eterna a vossa amizade. Será que na verdade eles querem realmente te ouvir, estar ao seu lado não importando o momento e circunstância? Será que te tratam como você os tratavam, como uma prioridade ou como mais uma opção nessa vida de múltiplas escolhas? Tanto você fez para dar certo, mas o esforço foi unilateral partiu de cá pra lá e não voltou; o que resta mesmo é viver como opção de quem ama, pois o que tu fizestes talvez fique na lembrança de quem um dia olhou pra você...    

sábado, 4 de dezembro de 2010

Jogo de Palavras

Quando eu respirava achava que vivia, achava que amava.
Quando eu amava achava que respirava, achava que vivia.
Enquanto eu vivia achava que amava, achava que respirava.

Enquanto eu andava achava que prosseguia, achava que flutuava.
Quando eu flutuava achava que andava, achava que prosseguia.
Quando eu prosseguia achava que flutuava, achava que andava.

Enquanto eu tolerava achava que ria, achava que chorava.
Enquanto eu chorava achava que tolerava, achava que ria.
Quando eu ria achava que chorava, achava que tolerava.

Mas percebi que todo ser que respirava e amava vivia e não andava, mas flutuava e prosseguia tolerando mais chorando que rindo.

Também pude ver que quem vive, respira e não ama, prossegue andando e não flutuando, e sempre rir dos que toleram e choram.

Então compreendir que quem ama, vive e respira mais fundo, flutua e prossegue ora chorando ora rindo, mas sempre tolerando.