terça-feira, 5 de outubro de 2010

Delírio de um navegante à deriva

Ei, segure minha mão, não tenhas medo de mim, posso não ser gracioso aos olhos carnais, aos olhos da razão e da coerência mas guardo um coração ferido, magoado e temeroso onde o carrego pelos quatro cantos do oceano da vida num barco sem rumo certo, buscando achar meu porto seguro, o cais onde eu vou poder descansar das ondas embravecidas do mar de sentimentos, da tempestade de emoções que querem à minha nau tragar.
Por favor, não me deixes com meu coração viver à deriva no mar frio e escuro da ilusão, com torrentes tempestuosas prestes a naufragar em suas profundas águas e levar-me ao âmago do seu furor... (continua)


Yehudi Abnara