sexta-feira, 14 de outubro de 2011

À espera

Me sentei à beira da estrada
Com o violão nas mãos,
Como quem espera a felicidade passar
E apreciar minha canção.
O sino da velha igreja começou a ressoar
Interrompendo meu canto,
Indicando a consumação de mais um dia
Em que não iria mais percorrer aquele caminho.
Então o dia se prostrou ao anoitecer
Dando lugar a um nublado crepúsculo.
Gotas de chuva dos céus caíram
Banharam o meu rosto,
Regaram minhas pegadas
Irrigaram minha esperança.
Logo brotaram saudosas lembranças
Meus olhos te fitaram no subconsciente
Como num sonho inatingível
Foi então que uma lágrima fluiu de um lado
E como uma lâmina, dilacerou o outro.
Fragmentou o juízo de um homem
Secou a emoção de um menino.
Fez nascer um guerreiro
Que seguirá entre ambas
Que viverá no limite de ambos.
Permanecerá no amor;
Que a fronteira entre a razão e a emoção.