sexta-feira, 1 de julho de 2011

Mutação

O mundo tem me transformado
O mal tem encoberto os meus olhos,
Tem escondido minha esperança,
Tem tirado meu sono
Me impedido de sonhar.
Estou cada vez mais cético
Mais rude, mais despótico
O negócio é bateu, levou em dobro!
Não estou com sete pedras na mão
Meu arsenal está à posto
Pra perfurar o coração de não importa quem
Assim como fizeram-me
Tiro certeiro no lado esquerdo do peito
Que transpassou o coração
Vazando parte do meu sentimento bom (quase todo)
Amor, agora? Só palavras!
Amar, agora? Só verbo.
Pois é, desaprendi a conjugar esse verbo.
Pois é, o desconjugaram de mim.
Me joguei numa metamorfose arredio
Feito uma folha de papel imprestável
Me lancei no lamaçal com os porcos em Gadara
Me sujei com a perversão dos iguais
Me tornei um igual.
Tenho bebido e me embreagado
Com o cálice de vinho do pecado
Foi aos poucos que me deturpei
...

2 comentários:

  1. Querido, temos em comun o laçar-se a lama como os porcos, porque há muito desacredito do amor e meu arsenal certamente ferirá tanto intencionalmente como o oposto disso, infelizmente a vleha historia sempre parece repetir-se com uma sutil e benefica alteração em seu final... maria que gostava de josé que gostava de aline que não gosta de ninguém! essa é a herança da dor da rejeição, e permanecerá até que aprenda a amar novamente. ALINE

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  2. Pois é, esse personagem aí está cada vez mais desacreditado do amor, ao contrário de mim. Tenho aprendido que na maioria das vezes o amor é unilateral e que as pessoas acabam transformando esse sentimento ao inverso (ódio), por não serem correspondidos. Mas ainda tenho aquilo que diz lá em I Cor 13.13: Fé, Esperança e o Amor(maior). E nada melhor do que aprender amar na escola da vida e com professores que nunca imaginaríamos ser ótimos docentes, pois eles podem estar até muito próximo de nós. Amo-te

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